terça-feira, 29 de junho de 2010

Diagnóstico

Continuo expectorante!
Expectorando o catarro acumulado nas paredes do meu cotidiano, pra que não se transforme em moléstia do tipo moral, emocional, irracional.
Só me preocupa o fato de não saber o que é maior: a produção de catarro ou a expectoração dele.
Tem catarro de todo tipo, pra cada qual um xarope diferente. Tem catarro que cega, tem catarro que cala, tem catarro que engorda, tem catarro que dói, tem até catarro que mata. Mas o pior catarro é aquele que não se mostra, se faz argila, te molda, endurece, apodrece.
Expectore!
Encontre um sorriso por entre as ruínas. Se tudo que vê dói, é porque o que dói é tudo que vê.

domingo, 27 de junho de 2010

Sem virgulas

Fones intra-auriculares conectados fluindo música instrumental para o meu cérebro produzindo inspiração subjetiva dilatando as pupilas passeando no passado sugerindo o presente navegando direto para o futuro.
Nenhuma virgula nessa composição nem uma pausa no pensamento enquanto treino a pobre maneira de escrever porque eu quero. O ponto final não uma pausa é um acidente. Esse quase me mata mas assim vai... vai.....vai......vaiii..........óóóóóóóóoó´´oo
Ai que vontade de carpir um lote enquanto pesco palavras no lago da minha  mente cojunta com sentimentos esquecidos e saudades que se transformam em aceitação que se trasnforma em dor.
Não dá pra falar e falar sem falar de dor não da pra pensar e pensar sem sentir dor. Mais uma música acaba outra começa sugerindo movimentos suaves com a cabeça e diminuição do olhar como se eu ficasse mais aguçado para qualquer coisa que não seja falar de mim, ou de você ou de algúém mas que seja falar de vivências. Eu quero saber quanto rende seu trabalho quanto rende seu suor e quanto rende seu conhecimento. Eu quero ver um cachorro na rua abaixando pra cagar com timedez e trancando o cú pra fugir do carro apressado que vem. Eu quero ver um cachorro na rua e chamá-lo de vagabundo só pra puvir seu latido sem sentido e jogar uma bala de eucalipto pra ele cheirar e rejeitar. Eu quero beber uma dose de qualquer líquido que deixa louco fumar um cigarro qualquer que faz fumaça e quero ver a fumaça embaçar a luz da sala ..............outra música sugerindo fuleiragem que da vontade de sair correndo a toa só pra chover no lombo doído e escorregar na lama. Eu só não quero parar de escrever pra não ter que voltar na sala que eu estava com a televisão mostrando programa de humor que ganha audiência ridicularizando tudo tudo tudo tudo principalmente aquele que ta dando audiência eu voce ele nos vos eles. Eu só não quero voltar pro frio que vem de todas as portas e todas as janelas não adianta fechar tudo o frio vem vem vem escapa por qualquer lugar e o quarto fica bem ali me esperando pra......pa ra pa pann....pa pa......paaa para ....essa música começou pra me ajudar a fugir mais um pouco mas não da pra ficar aqui pra sempre.
Nenhuma virgula nenhuma pausa nenhuma dúvida. Que tempo louco que nimguem entende nimguem explica passado presente futuro o que importa de verdade se a única coisa a frente é a morte?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Saudações Viking Geraldo!

Obrigado pela audiência!
Agradeço por suportar esse blog anêmico e mutante, que muda de cor e tema a cada 15 dias.
Como posso me concentrar pra vomitar tais agradecimentos se sou interrompido toda hora. A lá!
Então forjarei um poema.

Seu Saturnino, de menino, o passado.
A vassourar, jamais cessa o movimento
Varre varre Saturnino
Varre o tempo e os ponteiros
Distraído.