sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mc Donalds

São 15 pras 2 da tarde e ainda não almocei.
Sabe porque?
Porque o sacripantas do entregar caiu no rio tietê com a encomenda de lanches.
Agora eu vou ter que comer a bisteca seca suína embalada em alumínio.

(Imagine um Queniano ouvindo um brasileiro como eu falando de comida com tamanho descaso. Talvez ele até perderia a fome!)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A válvula

De frente pro mar é bem melhor.
Mas agora de frente pra televisão ta bem pior.
De olho no relógio
Amanhã eu tenho que acordar num movimento lógico, lógico
Sorrir, sofrer, sorrir, sofrer
TIC TAC TIC TAC...
O sorriso do sofrimento é amigo
Como fogo da água é esposo.

Com brisa fresca no rosto é bem melhor.

Momenteo cachorro

"Lili tinha um jeito estranho, dormia com um drinque na mão.
Saía e rastejava pelo chão atrás de emoções baratas que a fizessem se sentir uma espoleta pipocando. Queria se sentir como a Greta Garbo on the Night Club.
Lili via assombração, filosofava no balcão.
Temia atender o telefone e ser quem não queria.
Dormia só durante o dia.
Queria explodir o mundo, queria se sentir como a Greta Garbo on the Night Club.
Como a Greta Garbo on the Night Club."

Salve Cachorro Grande!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

mofo party

Dispensado do trabalho por motivos de saúde, hoje construi o dia mais ocioso de minha vida. Quase pensei que estaria melhor trabalhando.
Daí cheguei a conclusão que o trabalho é como o cigarro: vicia e faz muito mal.
"O trabalho enobrece o homem"
Vai a merda o cretino que inventou essa frase. Certamente é dono de uma indústria de chips de micro computadores!
Tive vontade de ler, preguiça.
Tive vontade de tocar baixo, preguiça.
Tive vontade de sair e correr no parque, preguiça.
Tive vontade de comer, comi pra kralho!
E a preguiça teve orgulho de mim!

As meias estão penduradas no varal, mas só chove. Amanha vou trabalhar com chulé!
terrorismo
assassinato
estupro
cataclisma
assalto
corrupção
gripe suína
felipe massa
dólar na meia

Foi o que o noticiário contou hoje. Tudo indica que amanha será pior.
Mas e daí? Depois do jornal tem a novela que conforta. ai ai!!
Fique com medo das desgraças companheiro! Mas não se esqueça de tomar uma skol no final de semana e comentar sobre o desempenho do corinthians no campeonato brasileiro.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Bom, como eu sempre preciso de música pra escrever, e na maioria das vezes elas vão de Barzin a Radiohead (talvez isso justifique uma certa melancolia) hoje eu decidi ouvir algo mais animado pra ver o que sai aqui.
É que sinceramente, eu penso como Frejat: "A felicidade nao me inspira confiança".
Calma, não precisa achar isso trágico, eu almejo a felicidade. É que não existe algo mais subjetivo, o que torna esse assunto meio complicado.
Enfim, vou contar uma história breve.
Hoje minha mãe ligou aflita. Perguntei se estava tudo bem, ela disse que mais ou menos. Gelei da cabeça aos pés, porque ela sempre diz que está tudo bem. Me disse que a Inês, pra quem doamos o amado Lazanha (labrador - cocker - primo It), por motivos justificaveis, havia dado ele pra uma amiga do bairro. Como somos pessoas detentoras de corações, que amamos e respeitamos sobretudo os queridos animais que compartilham este mundo com a gente, ficamos plenamente sensibilizados. Imaginamos: que destino o desse pobre cachorro.
Vejam. Ganhei ele em São Paulo, mas moro num apertamento, quase um porão. Eu apelidei minha casa de calabouço. Pois bem, Lazanha desenvolveu uma alergia de pele por falta de sol e quase morreu.
Meti o coitado no carro e viajamos cerca de mil KM até chegar a casa de meus pais. Decidimos doa-lo para uma pessoa de confiança, que pudesse dar tudo aquilo que precisava. Enfim, erramos. A tia Inês avacalhou.
Mas o final é feliz. Mamãe foi resgata-lo. Me contou que ele está uma lindeza só. E cheio de energia, a Celiie pode contar isso melhor que eu.

Ah, hoje no banho fazendo barba decidi cultivar um cavanhaque. Minha ex namorada odiaava, chamava de bucetinha no queixo.
Bem, é melhor uma bucetinha no queixo, do que duas voando.

Abraços amigos fantasmas leitores.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Não sei

Estava aqui pensando eu com meus botões. Entediado do trabalho. Ainda me resta 1 hora e 9 minutos de expediente.
Entra o Sr. Miague na sala, da umas boas risadas nipônicas, faz um comentário sobre a megasena acumulada e sai esperançoso.
Entra a Verinha toda charmosa, cheirosa, porém ríspida como sempre. Ela tem um coração bom, mas alguma lição de vida a fez fria. Quase nunca fala, geralmente da umas risadinhas ratasânicas e sai.
Entra o Ricardo impregnado de cigarro. Filósofo, ex professor universitário, pós graduado em ciencias socias, atual funcionário público, ganha 700 reais por mês. Foda neh, O Lula é graduado?
Entra o chefe com olhos esbulhados (de verdade, ele parece um sapo), da uma comida de rabo como tem de ser, e sai.
Entra a Dani Bananão. Hoje um colega disse q ela não combina com esse nome, deveria se chamar Geralda. Não sei porque, mas concordei com ele. Ela é robusta, grande, a típica gorda gostosa. Geralda.
Entra o Diego. Vai Curinttttttttiiiiiiiiia. Sai.

Bom, entra e sai gente o dia todo. Isso aqui parece sala de espera de Hospital público.

Quem vai sair agora sou eu.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ela, bela.

Entre outras coisas, fui condenado a conviver com um cena deplorável.
Todos os dias, na rotina de trabalho, na fila do onibus, sob a ponte da cidade universitária, lá está ela.
Curvada, sempre arrastando um cobertor nas costas, como uma capa de super herói. Tem a pele negra, cabelos curtos, aparenta ter não mais que 30 anos. Seu comportamento é o retrato do cotidiano caótico e desesperado de um trabalhador de fábrica. Anda apressadamente de um lado a outro, esbarrando nas pessoas, recolhendo qualquer bituca de cigarro que encontra no caminho circunflexo.
Ela sempre está lá, arrastando aquele cobertor velho pelas sarjetas molhadas de água e urina de rato.
Seu andar curvado projeta seu rosto para o chão, e num dia de chuva, sua silhueta assemelha-se a um diabo rejeitado errante caminhando no silêncio do inferno.
Eu nunca pude ver seu semblante, mas certa vez, num olhar de soslaio, ela me encarou e, então, pude ver seus olhos. Quase gritei. Foi o olhar mais doloroso que vi.
Desviei o olhar e vi coisa pior. Centenas de pessoas penduradas em celulares, mastigando sanduíches, rindo feito hienas. Desviei novamente, vi um estouro de manada de carros e caminhões que produziam um barulho enssurdecedor. Pra onde quer que olhava, camarada capitão, só dor.
E ela continuava lá, no meio do furacão. O que será que ela pensa? Pensa? O que será que ela espera? Espera? O que será que vê? Vê? O que será que ela sente? Sente?
Aquela mulher produz tanta compaixão quanto um cão abandonado. Milhares de pessoas passam por ela todos os dias, inclusive eu, mas agora ela é invisível.
É isso que o mundo é, alguém tem que sofrer para que outro possa sorrir.
Eu procuro o horizonte, mas meus olhos nao escapam a ela, bela, mas agora é frágil e suja e não causa tanto interesse assim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

pulsação de coração eminente


Posso sentir a vibração das cordas, o estalo seco da caixa, o agudos dos pratos, o grave do contra, o grito da guitarra, o silêncio entre as notas, a agonia dos vocais, a sensibilidade do todo, a harmonia do coração, o ódio da garganta e o amor da boca.

Deus salve os amantes das notas e dos sentimentos encartados em cada compasso de tempo.


A música cura!


Umbigo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Férias do apocalipse

15 dias de férias são iguais a 15 minutos de trabalho.
Pior que passar rápido é quando esse precioso tempo é disperdiçado. Bem, parcialmente disperdiçado.
Dormia 14 horas por dia e comia 10 vezes mais que o necessário pra sobreviver. Exagero ou esbanjo, é bom que dure somente 15 dias. Como dizia Sérgio Dias: "Quanto mais se dorme, menos tem pra dar". E quanto mais se come, nao preciso nem falar.
Um dia após o outro caminhava vagamente sem me preocupar com nada. Trascendendo todas as minhas responsabilidades para a puta que paril. Um grito de alívio no meio do ano. E na minha casa, minha família é só paz.
Até aqui, nada além do normal, afinal, férias são férias.
Mas no ambito social as coisas não estavam muito boas. Especificamente? Amigos. Como diz um deles, DISCÓRDIA. Total.
Divergencias pesadas de idéias foram desgastando as relações até o momento da explosão final.
E eu voltei pra capital mais pesado, como se tivesse deixado um assunto pendente.
Mas nada que o tempo nao cure. Toda família tem lá suas crises.
Talvez o vazo quebrado seja reconstituído, mas, eu sei, jamais será como o original.

Fim de férias, voltemos ao trabalho, aguardemos as próximas e que sejam, de maneira mais pacífica, tão professora quanto estas.
Se pensas em você, és egoísta.
Se pensas no próximo, és ingênuo.
Se pensas em você e no próximo, és egoísta e ingênuo.
Para onde quer que corra, há quem te julgue.
Saiba escolher as pessoas que te fazem bem.