quinta-feira, 20 de agosto de 2009

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Desejo o silêncio tanto quanto desejo a morte. O silêncio e a morte, tão calmo.
A morte da ilusão e da esperança.
Ser límpido e cristalino, puro e ingênuo como uma criança recém nascida. Abrir os olhos e enxergar tudo claro, surreal.
Já basta essa vida artificial. Tudo é fabricado. Sorrisos, lágrimas, desejos sobretudo. A exploração do seu sentimento como produto do lucro sem fronteira é a nova moda pop.
A mãe solteira chega em casa as 10 da noite, cansada do trabalho e do trânsito exaustivo. Seu filhilho anêmico, branco apartamento, corre para recebê-la a porta. Ela abre a bolsa e diz: olha o que a mamãe trouxe pra vc. Um Mc lanche feliz! A criança nao consegue se conter de emoção. Alimenta sua desgraça e dorme com os olhos fissurados de televisão.
Boa noite filho, dorme com o Ronald Mc Donald, quer dizer, Deus.
Tantos deuses. Alemão preveu que o verdadeiro abandonou o cargo de tanta tristeza, e hoje é um viciado em crack.

Não se encontra mais seres humanos por aí, somente belas carcaças que tiveram seus cérebros esparramados pelo corpo para avantajar bandas e bundas. Esse corpo me pertence, não saio! Posso te emprestar por algum prazer.

OOO tristezaaa...

Um comentário:

  1. Kkkkkkkkkkkkkkk...

    Mano Ronald MC é praticamente um DEUS para as criancinhas.

    Mundo fétido e putrefático.

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