quinta-feira, 4 de março de 2010

Sensorial

O poeta morreu, mas ainda murmura.
Os ponteiros do relógio ecoam tic-tacs.
O cão late.
Motocicletas cruzam.
Enquanto isso meu pé coça uma picada de inseto.
A arte imitando a vida pelos becos sem saída. A vida imitando ficção.
Assim, do meu lado direito sinto chulé azedo. Do esquerdo, lápis e caderno.
Acabaram minhas férias. Estou pensando em fazer um curso de inglês, porque música, não estou pensando mais. Aliás, que música poderia representar esse momento? Hum, talvez: "E as ondas vão e vem, as ondas vem e vão, e vão e vem em vão".
Se esse poema é triste, então não sei o que é alegre.

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