segunda-feira, 1 de junho de 2009

Alagoas é LÉGAL

Ele pretendia ir embora, mas era sexta-feira, estava cançado dos prazos da semana e decidiu que seria bom um pouco de lazer. A intenção era branca, limpa e idônea. Mas durou pouco, os capetinhas encapetados te carregam a buracos que voce nem imagina! E que buraco ele foi para naquela noite! Alagoana de poucas vestes! Foi então que a intenção se tornou negra, suja e maculada.
Sentou à mesa com amigos, cerveja, cigarro e perfume de mulher, isso mesmo, somente. E não precisava de mais nada, sentia-se completo naquele momento sórdido.
Entre gargalhadas e olhares o àlcool foi sorrateiramente deixando as cabeças mais sensiveis. E numa atmosfera destas, chega o momento em que você perde a razão por completo e ativa o instinto automático. Foi nessa hora oportuna que surgiu ela: a tal Alagoana de poucas vestes! Uma mangaba! fruta doce! Tomou a bichinha arretada no colo e meteu-lhe o dedo no olho!
O mundo conspirava a favor daquele casal efêmero. Ela era perfeita ali. Sotaque, cor, perfume, olhar, gestos, mãos, braços, pernas e calor! Saíram anunciados, não havia o que, nem de quem esconder.
Aquela periquita festiva sabia das coisas boas, batia as asas e levava ele pra longe, bem longe!
Foi rápido e intenso.

Pagou a conta e foi embora.

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