sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sexto sentido

Anos se passaram desde a última postagem. De repente, sem explicação exata, decidi parar de escrever. E agora, como remédio de um tédio sonolento, aqui estou a escrever e gostei ou não. Sobre todas as coisas paira a dúvida. Ser ou não ser..ou ...ou....ou....ou...ou....e?e?e?e?e? Pelo menos é bom vomitar aqui agora. A dor e sofrimento do vômito precede o mais delicioso alívio e desejo de começar outra vez. Neste momento as ilusões se tornaram escassas. Isso talvez explique a brusca interrupção da escrita e seu retorno futuro. Passei por devaneios de amor e hedonismo da carne. Acreditei que nada é tudo. Acreditei até em Deus. Entorpeci minha razão dia após dia. Andei sozinho e sozinho voltei. Berrei o mais alto possível, mas somente meus ouvidos puderam escutar. Transformei a agonia em otimismo, dei novos moldes à dor, olhei para a mesma paisagem de mil formas diferentes, entendi que o amor é imagem semelhança do ódio e que a liberdade é que nos acorrenta. Engraçado, envelhecer muito me parece rejuvenescer. Passado, aqui vou eu.

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