terça-feira, 27 de abril de 2010

A ARTE DA MERDA QUE O CU IMPRIME NO PAPEL

Considere o seguinte:

A Arte – publicidade
A merda – produto
Cu – mídia
Papel – você

Depois de comer, seu corpo faz múltiplos esforços. O estômago recebe e processa as informações e remete o “diamante mau lapidado” para o intestino grosso. Este, por sua vez, interpreta os dados fornecidos pelo estômago, cria a pré-massa e manda pra finalização. No intestino delgado todo material indesejável é descartado e o bolo fecal é liberado pelo cu. Após, a merda é impressa no papel, e o papel descartado enquanto sujo.

Depois de observar seu comportamento, a publicidade faz inúmeros esforços. O atendimento recebe e processa as informações e remete o briefing para planejamento. Este, por sua vez, interpreta os dados fornecidos, faz a projeção da campanha e encaminha a idéia para a finalização. O departamento de criação descarta as idéias indesejáveis e a arte é liberada para a mídia. Após, a mensagem é veiculada, e você descartado enquanto ser humano.

A própria escolha da fuga te leva a um caminho conhecido. Não ser adepto a moda é moda. Tudo é consumo, tudo é vil. Eu sou um produto, você é um produto. Cada qual a sua embalagem. Egoísmo. Manobra. Suicídio e ressuscitação. Você morre e nasce a cada momento vão. Nasce para consumir, morre ao consumir. Desejos efêmeros. A pressão social. O LCD como um sonho bom, do qual o despertador te acorda para trabalhar. O desejo louco pelo sexo. A timidez que a mídia produz em você. O mundo esquálido, pálido, anêmico, silencioso. Tudo é convergência de alguma merda. Tudo que tinha pra ser feito e descoberto, já aconteceu. Agora o que resta é a evolução da tecnologia fútil e sua interpretação na medida que altera nossas vidas. Já sei. O mundo é a imagem e semelhança do Homem. Nasce, cresce, aparece, destrói, envelhece, morre. To cansado de tanta lamentação e de assistir ao grande show da desgraça humana. Eis o apocalipse. Hoje tudo isso é claro. Vejo a luz da verdade no final da caverna, mas não consigo alcançar. Me perco tentando encontrar.
Dê-me mais uma dose de morfina, por favor!!!!!

A única coisa que vale a pena nessa crônica fragmentada como eu, é o fato de eu tê-la vislumbrado enquanto limpava o cu.

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